3 de março de 2010

Vítima de naufrágio canadense compara situação à do Titanic

Uma das vítimas do naufrágio do veleiro canadense Concórdia disse, em entrevista ao jornalThe Toronto Star, neste domingo, que a situação vivida por eles foi semelhante à narrada pelos sobreviventes do Titanic.
Darren Farwell, cuja filha de 17 anos, Keaton, estava a bordo do veleiro, disse que a menina estava abalada quando conseguiu ligar para ele no sábado de manhã. Falando do celular de um amigo, Keaton disse ao pai, aos prantos, que tinha acabado de entrar na aula de biologia quando o navio começou a balançar e receber o impacto de ventos fortes. "Era como o Titanic", disse ela.
"Parece que era muito mais dramático do que eu imaginava", disse Farwell, que vive em Toronto. "Estes últimos dias, eu estava apenas tentando imaginar o cenário menos horrível".
Quando o navio virou, a água começou a entrar na sala de aula inundando tudo. Os vidros estavam rachados e quebrados. Muitos jovens começaram a entrar em pânico. "Ela teve que pular na água, e então foi resgatada por um barco pequeno e depois por outro maior", disse Farwell.
Apesar de não terem sido confirmados feridos no acidente, Farwell disse que sua filha contou que alguns colegas sofreram luxação nos ombros e tiveram costelas quebradas. O médico do navio também estaria entre os feridos.
Keaton disse ao pai que gostaria de voltar ao programa Class Afloat (classe flutuante) no próximo ano, mas preferiria terminar o semestre em terra, em seu campus, Nova Scotia.
O naufrágio
A tripulação do Concórdia foi resgatada na semana passada pela Marinha brasileira e navios mercantes estrangeiros, após ficar por cerca de 38 horas em balsas salva-vidas, depois que o veleiro afundou a 550 km do litoral fluminense, na altura do município de Cabo Frio.
Os tripulantes de dez nacionalidades, entre os quais 41 estudantes do ensino médio, se reuniram no sábado na Base Naval do Rio de Janeiro, onde agentes da Polícia Federal (PF) começaram a agilizar a documentação necessária para que os tripulantes possam deixar o Brasil, uma vez que perderam seus documentos no naufrágio.

Fonte: Terra

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